quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A saúde do professor e o ensino

Pesquisas realizadas em diversos países da América e Europa têm revelado que se pode traçar um perfil dos afastamentos do trabalho por motivos de doença, pela população constituída pelos profissionais da educação.

As relações de trabalho e as condições do trabalho docente têm contribuído para o adoecimento do professor. Algumas doenças já se tornaram comuns entre os profissionais da educação, sendo as principais: estresse, disfunções músculo-esqueléticas; bursite; epicondilite; LER/DORT; as relacionadas à voz; lombares e os transtornos mentais e de comportamento.

No Brasil, pesquisas indicam que as más condições de trabalho acentuam a penosidade da profissão de professor, especialmente por que acrescentam:

1. Sentimento de desprestígio pelos maus salários (a falta de reconhecimento social é fonte de mal-estar no trabalho);
2. submissão a jornadas excessivas;
3. falta de perspectivas profissionais;
4. insegurança, ansiedade e angústia, provocadas pelos baixos salários e pela instabilidade no cargo;
5. incapacitação provocada pela escassez de recursos didáticos;
6. consequências negativas para o resultado do trabalho que realizam e para sua própria pessoa.

Alguns pesquisadores trabalham a hipótese de defasagem das condições de trabalho em face das metas traçadas e efetivamente alcançadas, as quais acabam gerando sobreesforço dos docentes na realização de suas tarefas.

Segundo Gasparini, Barreto e Assunção (2005), o papel do professor extrapolou a mediação do processo de conhecimento do aluno, o que era comumente esperado. Ampliou-se a missão do profissional para além da sala de aula, a fim de garantir uma articulação entre a escola e a comunidade. O professor, além de ensinar, deve participar da gestão e do planejamento escolares, o que significa uma dedicação mais ampla, a qual se estende às famílias e à comunidade.

As condições de trabalho, ou seja, as circunstâncias sob as quais os docentes mobilizam as suas capacidades físicas, cognitivas e afetivas para atingir os objetivos da produção escolar podem gerar sobreesforço ou hipersolicitação de suas funções psicofisiológicas. Se não há tempo para a recuperação, são desencadeados ou precipitados os sintomas clínicos que explicariam os índices de afastamento do trabalho por transtornos mentais, entre outras doenças que acometem os professores.

A revista Nova Escola em sua edição 211 (abril de 2008), publicou reportagem sobre o assunto, com declarações de Cleuza Repulho, ex-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e consultora de Educação Básica do MEC, que diz que os prejuízos do afastamendo do professor são também muito grandes para o aprendizado. Roberto Franklin de Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, concorda: “Todo mundo perde com os afastamentos. Mas é importante que o direito de estudar acompanhe o direito de ter condições para oferecer uma boa aula”. Sem dúvida, o que não pode é a falta virar a única estratégia para lidar com as questões de saúde. “É preciso entender o que causa as doenças ou o que contribui para que elas se manifestem”, avalia Iône Vasques-Menezes, da Universidade de Brasília.

Na mesma revista foram apresentadas ações que, se bem articuladas, além de contribuir para o bem-estar e o desempenho do profissional, podem ter impacto positivo na qualidade da Educação.


São elas:

1- receber o apoio da direção;
2- manter-se em constante formação;
3- dispor de horários para estudo e lazer;
4- poder contar com o apoio dos colegas;
5- manter a indisciplina sob controle;
6- ter boas condições de trabalho;
7- estar por dentro do projeto pedagógico;
8- ser prestigiado.


Bibliografia:

GASPARINI, Sandra Maria, BARRETO, Sandhi Maria, ASSUNÇÃO, Ada Ávila. “O professor, as condições de trabalho e os efeitos sobre sua saúde” IN: Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 189-199, maio/ago. 2005.

“Remédios para o professor e a educação” In: Nova Escola, n° 211, abr.2008.

Indicação de site:
http://www.saudedoprofessor.com.br/

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Inicio do Ano Letivo 2011


No dia 02 de fevereiro, nós, educadores da Rede Municipal de Ensino de Caeté, voltamos às nossas atividades, com participação em evento no Cine Teatro Caeté, promovido pela Secretaria Municipal de Educação.

Os educadores foram presenteados com a apresentação da peça “O Grande Desafio” do Grupo Grafite Teatro Empresarial.

Logo após a apresentação tetral, as novas Diretoras Escolares e suas Vices foram empossadas.

E para fechar o encontro, o psiquiatra Dr. Paulo César de Souza ministrou a palestra “O Desafio na Educação de Hoje – Formando Educadores Saudáveis”.

Durante a palestra, o Dr. Paulo César deu algumas dicas de como nós educadores podemos manter nossa saúde mental e também física, não permitindo que o estresse do nosso trabalho venha a prejudicar nossa qualidade de vida.

Atualmente, em todos os níveis de ensino e em todas as redes (pública e privada) é grande a preocupação com o número de afastamentos de professores por motivos de doença.

Se queremos garantir qualidade no ensino oferecido aos nossos alunos, temos que pensar na qualidade de vida e na valorização de nossos educadores.

A saúde do professor e o ensino

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Pesquisas realizadas em diversos países da América e Europa têm revelado que se pode traçar um perfil dos afastamentos do trabalho por motivos de doença, pela população constituída pelos profissionais da educação.

As relações de trabalho e as condições do trabalho docente têm contribuído para o adoecimento do professor. Algumas doenças já se tornaram comuns entre os profissionais da educação, sendo as principais: estresse, disfunções músculo-esqueléticas; bursite; epicondilite; LER/DORT; as relacionadas à voz; lombares e os transtornos mentais e de comportamento.

No Brasil, pesquisas indicam que as más condições de trabalho acentuam a penosidade da profissão de professor, especialmente por que acrescentam:

1. Sentimento de desprestígio pelos maus salários (a falta de reconhecimento social é fonte de mal-estar no trabalho);
2. submissão a jornadas excessivas;
3. falta de perspectivas profissionais;
4. insegurança, ansiedade e angústia, provocadas pelos baixos salários e pela instabilidade no cargo;
5. incapacitação provocada pela escassez de recursos didáticos;
6. consequências negativas para o resultado do trabalho que realizam e para sua própria pessoa.

Alguns pesquisadores trabalham a hipótese de defasagem das condições de trabalho em face das metas traçadas e efetivamente alcançadas, as quais acabam gerando sobreesforço dos docentes na realização de suas tarefas.

Segundo Gasparini, Barreto e Assunção (2005), o papel do professor extrapolou a mediação do processo de conhecimento do aluno, o que era comumente esperado. Ampliou-se a missão do profissional para além da sala de aula, a fim de garantir uma articulação entre a escola e a comunidade. O professor, além de ensinar, deve participar da gestão e do planejamento escolares, o que significa uma dedicação mais ampla, a qual se estende às famílias e à comunidade.

As condições de trabalho, ou seja, as circunstâncias sob as quais os docentes mobilizam as suas capacidades físicas, cognitivas e afetivas para atingir os objetivos da produção escolar podem gerar sobreesforço ou hipersolicitação de suas funções psicofisiológicas. Se não há tempo para a recuperação, são desencadeados ou precipitados os sintomas clínicos que explicariam os índices de afastamento do trabalho por transtornos mentais, entre outras doenças que acometem os professores.

A revista Nova Escola em sua edição 211 (abril de 2008), publicou reportagem sobre o assunto, com declarações de Cleuza Repulho, ex-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e consultora de Educação Básica do MEC, que diz que os prejuízos do afastamendo do professor são também muito grandes para o aprendizado. Roberto Franklin de Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, concorda: “Todo mundo perde com os afastamentos. Mas é importante que o direito de estudar acompanhe o direito de ter condições para oferecer uma boa aula”. Sem dúvida, o que não pode é a falta virar a única estratégia para lidar com as questões de saúde. “É preciso entender o que causa as doenças ou o que contribui para que elas se manifestem”, avalia Iône Vasques-Menezes, da Universidade de Brasília.

Na mesma revista foram apresentadas ações que, se bem articuladas, além de contribuir para o bem-estar e o desempenho do profissional, podem ter impacto positivo na qualidade da Educação.


São elas:

1- receber o apoio da direção;
2- manter-se em constante formação;
3- dispor de horários para estudo e lazer;
4- poder contar com o apoio dos colegas;
5- manter a indisciplina sob controle;
6- ter boas condições de trabalho;
7- estar por dentro do projeto pedagógico;
8- ser prestigiado.


Bibliografia:

GASPARINI, Sandra Maria, BARRETO, Sandhi Maria, ASSUNÇÃO, Ada Ávila. “O professor, as condições de trabalho e os efeitos sobre sua saúde” IN: Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 189-199, maio/ago. 2005.

“Remédios para o professor e a educação” In: Nova Escola, n° 211, abr.2008.

Indicação de site:
http://www.saudedoprofessor.com.br/

Inicio do Ano Letivo 2011

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No dia 02 de fevereiro, nós, educadores da Rede Municipal de Ensino de Caeté, voltamos às nossas atividades, com participação em evento no Cine Teatro Caeté, promovido pela Secretaria Municipal de Educação.

Os educadores foram presenteados com a apresentação da peça “O Grande Desafio” do Grupo Grafite Teatro Empresarial.

Logo após a apresentação tetral, as novas Diretoras Escolares e suas Vices foram empossadas.

E para fechar o encontro, o psiquiatra Dr. Paulo César de Souza ministrou a palestra “O Desafio na Educação de Hoje – Formando Educadores Saudáveis”.

Durante a palestra, o Dr. Paulo César deu algumas dicas de como nós educadores podemos manter nossa saúde mental e também física, não permitindo que o estresse do nosso trabalho venha a prejudicar nossa qualidade de vida.

Atualmente, em todos os níveis de ensino e em todas as redes (pública e privada) é grande a preocupação com o número de afastamentos de professores por motivos de doença.

Se queremos garantir qualidade no ensino oferecido aos nossos alunos, temos que pensar na qualidade de vida e na valorização de nossos educadores.