segunda-feira, 31 de maio de 2010

05 de junho: Dia Mundial do Meio Ambiente


Esta data foi criada no ano de 1972, em virtude do encontro promovido pela ONU (Conferência das Nações Unidas) a fim de tratar assuntos relacionados às questões ambientais.

Durante este encontro foram elaborados vários documentos relacionados às questões ambientais, bem como um plano para traçar as ações da humanidade e dos governos diante da situação de degradação do meio ambiente.

Desde então, a cada ano, ao iniciar o mês de junho, a sociedade, tendo unanimamente como foco a escola, se organiza para discutir as questões ambientais, que hoje mais do que nunca têm preocupado a todos, que esperam ver um mundo melhor, onde nossos descendentes possam ter uma vida realmente digna e baseada nos princípios do desenvolvimento sustentável.

A escola dever trabalhar, não só quando o assunto é meio ambiente e desenvolvimento sustentável, mas sempre como multiplicadora de conhecimentos e formadora de cidadãos com foco no protagonismo social, ou seja, que sejam protagonistas de sua história em uma sociedade democrática, que proporcione condições de vida digna a todos os seus indivíduos.

A escola deve possibilitar ao indivíduo a construção da noção de que o Meio Ambiente, somos nós e que cuidar dele significa cuidar da nossa saúde, do nosso corpo, do nosso bem-estar.
Dessa forma, fica o convite aos Educadores da Rede, para que especialmente nesta semana, assim como em todos os dias letivos, sejam proporcionados a nossos alunos, momentos de discussão e construção de procedimentos e atitudes de respeito ao meio ambiente. Lembrando que este aprendizado não pode ficar na teoria, mas deve ser concretizado em ações cotidianas de preservação do meio ambiente.
Podem ser abordados em sala de aula, temas como:

1. Nós e o Meio Ambiente;
2. Seres Vivos: animais, vegetais, entre outros;
3. Elementos que compõem o Planeta: terra, água, ar, luz solar, entre outros e que sem eles não há vida;
4. Paisagens Naturais e sua degradação;
5. Desmatamento;
6. Lixo, coleta seletiva, reciclagem e reaproveitamento;
7. Os diversos tipos de Poluição;
8. Animais em Extinção;
9. Aquecimento global;
10. Biodiversidade, entre outros.

Algumas dicas de atividades:












quarta-feira, 26 de maio de 2010

A REDESCOBERTA DA ALFABETIZAÇÃO



Preparamos uma postagem especial sobre Alfabetização e Letramento, tema que tanto interessa e talvez, traga angústia e dúvidas a tantos educadores no mundo todo.

Soares (2004) propõe a reinvenção da alfabetização, já que nas últimas 2 décadas, vimos florescer um movimento de invenção da palavra "letramento" e de desinvenção do termo "alfabetização".

Talvez, seja mais coerente redescoberta do processo de alfabetização, que hoje, tornou-se indissociável do conceito de letramento.

Não há relação direta entre alfabetização e letramento, o indivíduo pode até estar alfabetizado e não ter adquirido as habilidades do letramento. Porém, o mundo hoje, mas do que um cidadão alfabetizado, que decodifique o código escrito, pede um ser que saiba utilizar o processo de leitura e escrita em sua vida cotidiana.

Para Soares, nesta duas últimas décadas, com o crescente discurso das teorias cognitivistas e socioculturais, a alfabetização perdeu sua especificidade e seus métodos "tradicionais" (sintéticos e analíticos) começaram a ser rechaçados. Acrescente-se a esses equívocos e falsas inferências o também falso pressuposto, decorrente dessas teorias, de que apenas através do convívio intenso com o material escrito que circula nas práticas sociais, ou seja, do convívio com a cultura escrita, a criança se alfabetiza. A alfabetização, como processo de aquisição do sistema convencional de uma escrita alfabética e ortográfica, foi, assim, de certa forma obscurecida pelo letramento, porque este acabou por frequentemente prevalecer sobre aquela, que, como consequência, perde sua especificidade.

É preciso, a esta altura, deixar claro que defender a especificidade do processo de alfabetização não significa dissociá-lo do processo de letramento. Entretanto, o que lamentavelmente parece estar ocorrendo atualmente é que a percepção que se começa a ter, de que, se as crianças estão sendo, de certa forma, letradas na escola, não estão sendo alfabetizadas, parece estar conduzindo à solução de um retorno à alfabetização como processo autônomo, independente do letramento e anterior a ele.

Segundo Soares, dissociar alfabetização e letramento é um equívoco porque, no quadro das atuais concepções psicológicas, linguísticas e psicolinguísticas de leitura e escrita, a entrada da criança (e também do adulto analfabeto) no mundo da escrita ocorre simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do sistema convencional de escrita – a alfabetização – e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita – o letramento. Não são processos independentes, mas interdependentes, e indissociáveis: a alfabetização desenvolve-se no contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e de escrita, isto é, através de atividades de letramento, e este, por sua vez, só se pode desenvolver no contexto da e por meio da aprendizagem das relações fonema–grafema, isto é, em dependência da alfabetização.
A concepção “tradicional” de alfabetização, traduzida nos métodos analíticos ou sintéticos, tornava os dois processos independentes, a alfabetização – a aquisição do sistema convencional de escrita, o aprender a ler como decodificação e a escrever como codificação – precedendo o letramento – o desenvolvimento de habilidades textuais de leitura e de escrita, o convívio com tipos e gêneros variados de textos e de portadores de textos, a compreensão das funções da escrita.

É preciso reconhecer a possibilidade e necessidade de promover a conciliação entre essas duas dimensões da aprendizagem da língua escrita, integrando alfabetização e letramento, sem perder, porém, a especificidade de cada um desses processos, o que implica reconhecer as muitas facetas de um e outro e, consequentemente, a diversidade de métodos e procedimentos para ensino de um e de outro, uma vez que, no quadro desta concepção, não há um método para a aprendizagem inicial da língua escrita, há múltiplos métodos, pois a natureza de cada faceta determina certos procedimentos de ensino, além de as características de cada grupo de crianças, e até de cada criança, exigir formas diferenciadas de ação pedagógica.


Em síntese, o que se propõe é, em primeiro lugar, a necessidade de reconhecimento da especificidade da alfabetização, entendida como processo de aquisição e apropriação do sistema da escrita, alfabético e ortográfico; em segundo lugar, e como decorrência, a importância de que a alfabetização se desenvolva num contexto de letramento – entendido este, no que se refere à etapa inicial da aprendizagem da escrita, como a participação em eventos variados de leitura e de escrita, e o consequente desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, e de atitudes positivas em relação a essas práticas; em terceiro lugar, o reconhecimento de que tanto a alfabetização quanto o letramento têm diferentes dimensões, ou facetas, a natureza de cada uma delas demanda uma metodologia diferente, de modo que a aprendizagem inicial da língua escrita exige múltiplas metodologias, algumas caracterizadas por ensino direto, explícito e sistemático – particularmente a alfabetização, em suas diferentes facetas – outras caracterizadas por ensino incidental, indireto e subordinado a possibilidades e motivações das crianças; em quarto lugar, a necessidade de rever e reformular a formação dos professores das séries iniciais do ensino fundamental, de modo a torná-los capazes de enfrentar o grave e reiterado fracasso escolar na aprendizagem inicial da língua escrita nas escolas brasileiras.

Tendo como base toda essa discussão teórica, propomos o estudo e análise dos quadros que apresentam os 5 Eixos da Alfabetização e Letramento, com as habilidades que devem ser trabalhadas a cada ano do ciclo de alfabetização, organizados pelo CEALE, em material desenvolvido para a Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais e para o MEC:


Antes de se iniciar verdadeiramente o processo de alfabetização, é indispensável que o professor proponha o diagnóstico inicial da turma. Só a partir daí, sob a análise das habilidades que já estão sendo construídas por cada criança, é possível pensar em método ou recursos e estratégias que poderão ser utilizados junto àquele grupo para se desenvolver o processo de alfabetização dos mesmos.

No material proposto pelo CEALE, encontramos um fascículo em que se é proposta uma avaliação diagnóstica com a sua matriz de referência:

Matriz de Referência da Avaliação Diagnóstica
Aquisição da Leitura e Escrita




Ana Paula Patente, em seu blog "Aprende Minas", dá algumas dicas de estratégias para avaliação diagnóstica e sugestões de atividades para trabalhar as habilidades que devem ser adquiridas pelos alunos, durante o ciclo de alfabetização.

Na avaliação, o professor deve verificar se o aluno:

• Compreende diferenças entre a escrita alfabética e outras formas gráficas;
• Compreende a orientação e o alinhamento da escrita na língua portuguesa;
• Compreende a função de segmentação dos espaços em branco e da pontuação de final de frase;
• Reconhece unidades fonológicas como sílabas, rimas, terminações de palavras, etc.;
• Compreende a categorização gráfica e funcional das letras;
• Conhece e utiliza diferentes tipos de letras (de fôrma e cursiva);
• Compreende a natureza alfabética do sistema de escrita;
• Domina regularidades ortográficas;
• Domina irregularidades ortográficas.

A partir deste diagnóstico, o (a) professor (a) poderá planejar atividades contextualizadas, partindo de textos como: poesias, parlendas, cantigas, entre outros, em que seja propostas atividades como:

• Contagem de palavras do texto;
• Utilizar frases em letras caixa alta e cursiva sem espaço para que o aluno identifique a segmentação das palavras em uma frase;
• Colocar as palavras da frase separadas para montar cada frase na sequência correta do texto;
• Identificar palavras que repetem;
• Identificar palavras que rimam;
• Identificar outras palavras que rimam, mas que não estão no texto;
• Identificar palavras que começam com determinada letra ou sílaba;
• Colocar palavras que começam com a mesma letra em ordem alfabética;
• Colocar palavras em letra cursiva em fila e pedir para o aluno encontrar as palavras iguais na caixa alta e vice-versa;
• Qual palavra é maior, qual palavra é menor e quantas letras cada uma tem;
• Variar com texto lacunado para o aluno completar com a ficha. Podem ser tiradas: palavras grandes, palavras pequenas, verbos, rimas, etc.
• Variar com texto lacunado para o aluno completar com as palavras que estão no final do texto, escolhendo a mais adequada dando sentido ao texto.
• Ler o texto individual, ler em dupla, ler para o colega;
• Tirar do texto palavras com cinco letras, seis letras, etc.;
• Tirar do texto palavras com três sílabas, quatro sílabas, etc.;

Criar atividades interessantes como:
• Caça-palavras;
• Ditado de grade;
• Ditado visual;
• Listar palavras que rimem com...
• Cruzadinha com desenho;
• Buscar palavras com mesmo som;
• Palavras com mesmo nº. de letras;
• Palavras que inicie com a letra..., com a sílaba...
• Forca, entre outras que o professor poderá criar.

Outras dicas importantes:

• O trabalho em duplas nesse momento se torna muito produtivo desde que sejam montadas duplas de alunos com dificuldades semelhantes onde os alunos podem refletir um com o outro suas produções escritas e confrontá-las com as regras ortográficas.

• Incentivar os alunos a revisarem sua própria escrita, comparando as palavras que eles escreveram de forma "incorreta" com algum colega ou com algum material escrito que apresente a forma correta, por exemplo, o dicionário.

• Copiar ajuda a observar como se escreve, mas esta atividade precisa ser monitorada de forma que o aluno perceba essa característica da cópia. Portanto as cópias precisam ser corrigidas. E isso pode ser feito pelo professor, pelo aluno, pelo colega através de trocas, etc.


Bibliografia:
Coleção "Orientações para Organização do Ciclo Inicial de Alfabetização", material desenvolvido pelo CEALE / Governo do Estado de Minas Gerais, 2005.

Soares, Magda. "Letramento e alfabetização: as muitas facetas". In: Revista Brasileira de Educação. N. 25, jan.- mar, 2004.

http://aprendeminas.blogspot.com/

quinta-feira, 13 de maio de 2010

ETAPAS DO RECORTE: Educação Infantil


O primeiro contato da criança com o mundo se dá através de seu corpo.

Vitor da Fonseca (1988) comenta que a "PSICOMOTRICIDADE" é atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio.

Na Educação Infantil, a criança busca experiências em seu próprio corpo, formando conceitos e organizando o esquema corporal. A abordagem da Psicomotricidade irá permitir a compreensão da forma como a criança toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio desse corpo, localizando-se no tempo e no espaço.


O trabalho da educação psicomotora com as crianças deve prever a formação de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando oportunidade para que por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize sobre seu corpo.

Segundo Barreto (2000), “O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcionalidade, da lateralidade e do ritmo”. A educação da criança deve evidenciar a relação através do movimento de seu próprio corpo, levando em consideração sua idade, a cultura corporal e os seus interesses. A educação psicomotora para ser trabalhada necessita que sejam utilizadas as funções motoras, perceptivas, afetivas e sóciomotoras, pois assim a criança explora o ambiente, passa por experiências concretas, indispensáveis ao seu desenvolvimento intelectual, e é capaz de tomar consciência de si mesma e do mundo que a cerca.

A psicomotricidade educa “o movimento" ao mesmo tempo em que põe em jogo as
funções intelectivas” (Costallat, 1987, p. 1). Na escola, portanto, não podemos deixar de considerar a intrínseca e dialética relação entre ações motoras e ações de cognição.

Assim, percebe-se que torna-se indispensável, na educação infantil e primeiros anos do ensino fundamental, um trabalho que leve em consideração estas questões, propondo um planejamento pedagógico em que sejam contempladas atividades em que se busque o desenvolvimento das habilidades psicomotoras.

A criança, mesmo antes de seu ingresso na escola, já demonstra grande interesse por brincadeiras com papel, sendo amassando-o, rasgando-o, conhecendo-o...

Propõe-se então, o trabalho sistemático com as etapas do recorte, em que as crianças além das habilidades de coordenação viso-motora e coordenação fina, pode desenvolver outras competências relacionadas à criação e ação.


ETAPAS DE RECORTES:

1 – PICADO
• picado espontâneo
• picado com limite superior
• picado com limite inferior
• picado com limite em um dos lados
• picado com limite dos dois lados
• picado dentro de um quadrado, círculo, retângulo
• picado entre linhas que vão se aproximando
• picado sobre linha vertical, horizontal e em diferentes posições
• picado sobre contorno de figuras geométricas
• picado sobre formas complexas





2- Recorte a dedo
• rasgar papel a dedo espontaneamente
• rasgar papel em pedaços grandes(limite superior marcado, limite inferior marcado, Lugar determinado)
• rasgar papel em pedaços pequenos limite superior marcado, limite inferior marcado, Lugar determinado)
• rasgar papel em tiras
• recortar a dedos linhas desenhadas retas
• recortar a dedos linhas curvas , quebradas e mistas
• recortar a dedos círculos quadrados , triângulos, etc.
• recortar a dedos silhuetas de contornos amplos

3- Recortes com tesoura
• preensão correta da tesoura
• exercícios de cortar sem material algum- abrir e fechar a tesoura
• cortar papel espontaneamente
• corte em franjas ao redor de uma folha de papel
• corte em franjas em tiras de papel- nos extremos
• corte em franjas em tiras de papel – em todo o comprimento
• recorte sobre linhas retas desenhadas ( 8 cm comprimento)
• recorte sobre tiras largas e compridas ( 20 x 4 cm)
• recorte de formas geométricas , em tamanhos grandes
• recorte de formas geométricas , em tamanhos pequenos
• recorte de formas geométricas e desenhos ( linha reta) , graduando dificuldades.
• recorte de círculos- graduação decrescente de tamanhos.
• recorte de linhas curvas
• recorte de densos ( linhas curvas)
• recorte de linhas quebradas
• recorte de desenhos – linhas quebradas
• recorte de linhas mistas
• recorte de desenhos- linhas mistas



4- colagem
• colar pedaços grandes de papéis sobre uma folha de papel
• colar pedaços pequenos de papéis sobre uma folha de papel
• colar pedaços de papéis numa folha com limite superior
• colar pedaços de papéis numa folha com limite inferior
• colar pedaços de papel sobre superfícies geométricas dentro dos limites
• colar pedaços de papel sobre silhuetas de contornos simples
• colar pedaços de papel sobre silhuetas de contornos irregulares de complexidade crescente
• colar barbante sobre desenhos simples
• colar barbante sobre desenhos complexos
• colar aparas de lápis sobre desenhos seguindo os mesmos passos de colagem de papel picado


5- contorno e colorido
• cobrir com pontinhos toda a folha de papel
• cobrir com pontinhos folha de papel com limite superior
• cobrir com pontinhos folha de papel com limite inferior
• fazer pontinhos dentro de figuras geométricas
• fazer pontinhos sobre contornos de figuras geométricas
• fazer pontinhos sobre linhas- horizontal, vertical, curva, etc.
• desenhar pequenos círculos numa folha de papel sem limites
• desenhar pequenos círculos numa folha de papel com limites superior
• desenhar pequenos círculos numa folha de papel com limite inferior
• desenhar pequenos círculos dentro de formas geométricas

Fonte:
COSTALLAT, Dalila Molina de. Psicomotricidade: a coordenação viso-motora e dinâmica manual da criança infradotada – método de avaliação e exercitação gradual básica. 7 ed. Rio de Janeiro: Globo, 1987. 184 p.

http://www.colegiosantamaria.com.br/santamaria/aprenda-mais/artigos/ver.asp?artigo_id=9

PRIMEIRO ANIVERSÁRIO



Hoje, 13 de maio de 2010, o NOSSO BLOG InterAção em Rede completa seu primeiro ano na net.

Mas, na verdade, estamos só aproveitando a data para PARABENIZAR todos os (as) Educadores (as) da Rede Municipal de Ensino de Caeté, que com tanto carinho e competência vem trabalhando para que possamos oferecer a nossos alunos, uma Educação que seja verdadeiramente sinônimo de Qualidade.

Agradecemos a todos que vêm acompanhando as postagens em nosso blog e reiteramos o convite para que façam parte, deixando comentários e se preferir, enviando sugestões de temas para o email pedagogicoseme@gmail.com

05 de junho: Dia Mundial do Meio Ambiente

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Esta data foi criada no ano de 1972, em virtude do encontro promovido pela ONU (Conferência das Nações Unidas) a fim de tratar assuntos relacionados às questões ambientais.

Durante este encontro foram elaborados vários documentos relacionados às questões ambientais, bem como um plano para traçar as ações da humanidade e dos governos diante da situação de degradação do meio ambiente.

Desde então, a cada ano, ao iniciar o mês de junho, a sociedade, tendo unanimamente como foco a escola, se organiza para discutir as questões ambientais, que hoje mais do que nunca têm preocupado a todos, que esperam ver um mundo melhor, onde nossos descendentes possam ter uma vida realmente digna e baseada nos princípios do desenvolvimento sustentável.

A escola dever trabalhar, não só quando o assunto é meio ambiente e desenvolvimento sustentável, mas sempre como multiplicadora de conhecimentos e formadora de cidadãos com foco no protagonismo social, ou seja, que sejam protagonistas de sua história em uma sociedade democrática, que proporcione condições de vida digna a todos os seus indivíduos.

A escola deve possibilitar ao indivíduo a construção da noção de que o Meio Ambiente, somos nós e que cuidar dele significa cuidar da nossa saúde, do nosso corpo, do nosso bem-estar.
Dessa forma, fica o convite aos Educadores da Rede, para que especialmente nesta semana, assim como em todos os dias letivos, sejam proporcionados a nossos alunos, momentos de discussão e construção de procedimentos e atitudes de respeito ao meio ambiente. Lembrando que este aprendizado não pode ficar na teoria, mas deve ser concretizado em ações cotidianas de preservação do meio ambiente.
Podem ser abordados em sala de aula, temas como:

1. Nós e o Meio Ambiente;
2. Seres Vivos: animais, vegetais, entre outros;
3. Elementos que compõem o Planeta: terra, água, ar, luz solar, entre outros e que sem eles não há vida;
4. Paisagens Naturais e sua degradação;
5. Desmatamento;
6. Lixo, coleta seletiva, reciclagem e reaproveitamento;
7. Os diversos tipos de Poluição;
8. Animais em Extinção;
9. Aquecimento global;
10. Biodiversidade, entre outros.

Algumas dicas de atividades:












A REDESCOBERTA DA ALFABETIZAÇÃO

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Preparamos uma postagem especial sobre Alfabetização e Letramento, tema que tanto interessa e talvez, traga angústia e dúvidas a tantos educadores no mundo todo.

Soares (2004) propõe a reinvenção da alfabetização, já que nas últimas 2 décadas, vimos florescer um movimento de invenção da palavra "letramento" e de desinvenção do termo "alfabetização".

Talvez, seja mais coerente redescoberta do processo de alfabetização, que hoje, tornou-se indissociável do conceito de letramento.

Não há relação direta entre alfabetização e letramento, o indivíduo pode até estar alfabetizado e não ter adquirido as habilidades do letramento. Porém, o mundo hoje, mas do que um cidadão alfabetizado, que decodifique o código escrito, pede um ser que saiba utilizar o processo de leitura e escrita em sua vida cotidiana.

Para Soares, nesta duas últimas décadas, com o crescente discurso das teorias cognitivistas e socioculturais, a alfabetização perdeu sua especificidade e seus métodos "tradicionais" (sintéticos e analíticos) começaram a ser rechaçados. Acrescente-se a esses equívocos e falsas inferências o também falso pressuposto, decorrente dessas teorias, de que apenas através do convívio intenso com o material escrito que circula nas práticas sociais, ou seja, do convívio com a cultura escrita, a criança se alfabetiza. A alfabetização, como processo de aquisição do sistema convencional de uma escrita alfabética e ortográfica, foi, assim, de certa forma obscurecida pelo letramento, porque este acabou por frequentemente prevalecer sobre aquela, que, como consequência, perde sua especificidade.

É preciso, a esta altura, deixar claro que defender a especificidade do processo de alfabetização não significa dissociá-lo do processo de letramento. Entretanto, o que lamentavelmente parece estar ocorrendo atualmente é que a percepção que se começa a ter, de que, se as crianças estão sendo, de certa forma, letradas na escola, não estão sendo alfabetizadas, parece estar conduzindo à solução de um retorno à alfabetização como processo autônomo, independente do letramento e anterior a ele.

Segundo Soares, dissociar alfabetização e letramento é um equívoco porque, no quadro das atuais concepções psicológicas, linguísticas e psicolinguísticas de leitura e escrita, a entrada da criança (e também do adulto analfabeto) no mundo da escrita ocorre simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do sistema convencional de escrita – a alfabetização – e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita – o letramento. Não são processos independentes, mas interdependentes, e indissociáveis: a alfabetização desenvolve-se no contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e de escrita, isto é, através de atividades de letramento, e este, por sua vez, só se pode desenvolver no contexto da e por meio da aprendizagem das relações fonema–grafema, isto é, em dependência da alfabetização.
A concepção “tradicional” de alfabetização, traduzida nos métodos analíticos ou sintéticos, tornava os dois processos independentes, a alfabetização – a aquisição do sistema convencional de escrita, o aprender a ler como decodificação e a escrever como codificação – precedendo o letramento – o desenvolvimento de habilidades textuais de leitura e de escrita, o convívio com tipos e gêneros variados de textos e de portadores de textos, a compreensão das funções da escrita.

É preciso reconhecer a possibilidade e necessidade de promover a conciliação entre essas duas dimensões da aprendizagem da língua escrita, integrando alfabetização e letramento, sem perder, porém, a especificidade de cada um desses processos, o que implica reconhecer as muitas facetas de um e outro e, consequentemente, a diversidade de métodos e procedimentos para ensino de um e de outro, uma vez que, no quadro desta concepção, não há um método para a aprendizagem inicial da língua escrita, há múltiplos métodos, pois a natureza de cada faceta determina certos procedimentos de ensino, além de as características de cada grupo de crianças, e até de cada criança, exigir formas diferenciadas de ação pedagógica.


Em síntese, o que se propõe é, em primeiro lugar, a necessidade de reconhecimento da especificidade da alfabetização, entendida como processo de aquisição e apropriação do sistema da escrita, alfabético e ortográfico; em segundo lugar, e como decorrência, a importância de que a alfabetização se desenvolva num contexto de letramento – entendido este, no que se refere à etapa inicial da aprendizagem da escrita, como a participação em eventos variados de leitura e de escrita, e o consequente desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, e de atitudes positivas em relação a essas práticas; em terceiro lugar, o reconhecimento de que tanto a alfabetização quanto o letramento têm diferentes dimensões, ou facetas, a natureza de cada uma delas demanda uma metodologia diferente, de modo que a aprendizagem inicial da língua escrita exige múltiplas metodologias, algumas caracterizadas por ensino direto, explícito e sistemático – particularmente a alfabetização, em suas diferentes facetas – outras caracterizadas por ensino incidental, indireto e subordinado a possibilidades e motivações das crianças; em quarto lugar, a necessidade de rever e reformular a formação dos professores das séries iniciais do ensino fundamental, de modo a torná-los capazes de enfrentar o grave e reiterado fracasso escolar na aprendizagem inicial da língua escrita nas escolas brasileiras.

Tendo como base toda essa discussão teórica, propomos o estudo e análise dos quadros que apresentam os 5 Eixos da Alfabetização e Letramento, com as habilidades que devem ser trabalhadas a cada ano do ciclo de alfabetização, organizados pelo CEALE, em material desenvolvido para a Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais e para o MEC:


Antes de se iniciar verdadeiramente o processo de alfabetização, é indispensável que o professor proponha o diagnóstico inicial da turma. Só a partir daí, sob a análise das habilidades que já estão sendo construídas por cada criança, é possível pensar em método ou recursos e estratégias que poderão ser utilizados junto àquele grupo para se desenvolver o processo de alfabetização dos mesmos.

No material proposto pelo CEALE, encontramos um fascículo em que se é proposta uma avaliação diagnóstica com a sua matriz de referência:

Matriz de Referência da Avaliação Diagnóstica
Aquisição da Leitura e Escrita




Ana Paula Patente, em seu blog "Aprende Minas", dá algumas dicas de estratégias para avaliação diagnóstica e sugestões de atividades para trabalhar as habilidades que devem ser adquiridas pelos alunos, durante o ciclo de alfabetização.

Na avaliação, o professor deve verificar se o aluno:

• Compreende diferenças entre a escrita alfabética e outras formas gráficas;
• Compreende a orientação e o alinhamento da escrita na língua portuguesa;
• Compreende a função de segmentação dos espaços em branco e da pontuação de final de frase;
• Reconhece unidades fonológicas como sílabas, rimas, terminações de palavras, etc.;
• Compreende a categorização gráfica e funcional das letras;
• Conhece e utiliza diferentes tipos de letras (de fôrma e cursiva);
• Compreende a natureza alfabética do sistema de escrita;
• Domina regularidades ortográficas;
• Domina irregularidades ortográficas.

A partir deste diagnóstico, o (a) professor (a) poderá planejar atividades contextualizadas, partindo de textos como: poesias, parlendas, cantigas, entre outros, em que seja propostas atividades como:

• Contagem de palavras do texto;
• Utilizar frases em letras caixa alta e cursiva sem espaço para que o aluno identifique a segmentação das palavras em uma frase;
• Colocar as palavras da frase separadas para montar cada frase na sequência correta do texto;
• Identificar palavras que repetem;
• Identificar palavras que rimam;
• Identificar outras palavras que rimam, mas que não estão no texto;
• Identificar palavras que começam com determinada letra ou sílaba;
• Colocar palavras que começam com a mesma letra em ordem alfabética;
• Colocar palavras em letra cursiva em fila e pedir para o aluno encontrar as palavras iguais na caixa alta e vice-versa;
• Qual palavra é maior, qual palavra é menor e quantas letras cada uma tem;
• Variar com texto lacunado para o aluno completar com a ficha. Podem ser tiradas: palavras grandes, palavras pequenas, verbos, rimas, etc.
• Variar com texto lacunado para o aluno completar com as palavras que estão no final do texto, escolhendo a mais adequada dando sentido ao texto.
• Ler o texto individual, ler em dupla, ler para o colega;
• Tirar do texto palavras com cinco letras, seis letras, etc.;
• Tirar do texto palavras com três sílabas, quatro sílabas, etc.;

Criar atividades interessantes como:
• Caça-palavras;
• Ditado de grade;
• Ditado visual;
• Listar palavras que rimem com...
• Cruzadinha com desenho;
• Buscar palavras com mesmo som;
• Palavras com mesmo nº. de letras;
• Palavras que inicie com a letra..., com a sílaba...
• Forca, entre outras que o professor poderá criar.

Outras dicas importantes:

• O trabalho em duplas nesse momento se torna muito produtivo desde que sejam montadas duplas de alunos com dificuldades semelhantes onde os alunos podem refletir um com o outro suas produções escritas e confrontá-las com as regras ortográficas.

• Incentivar os alunos a revisarem sua própria escrita, comparando as palavras que eles escreveram de forma "incorreta" com algum colega ou com algum material escrito que apresente a forma correta, por exemplo, o dicionário.

• Copiar ajuda a observar como se escreve, mas esta atividade precisa ser monitorada de forma que o aluno perceba essa característica da cópia. Portanto as cópias precisam ser corrigidas. E isso pode ser feito pelo professor, pelo aluno, pelo colega através de trocas, etc.


Bibliografia:
Coleção "Orientações para Organização do Ciclo Inicial de Alfabetização", material desenvolvido pelo CEALE / Governo do Estado de Minas Gerais, 2005.

Soares, Magda. "Letramento e alfabetização: as muitas facetas". In: Revista Brasileira de Educação. N. 25, jan.- mar, 2004.

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ETAPAS DO RECORTE: Educação Infantil

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O primeiro contato da criança com o mundo se dá através de seu corpo.

Vitor da Fonseca (1988) comenta que a "PSICOMOTRICIDADE" é atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio.

Na Educação Infantil, a criança busca experiências em seu próprio corpo, formando conceitos e organizando o esquema corporal. A abordagem da Psicomotricidade irá permitir a compreensão da forma como a criança toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio desse corpo, localizando-se no tempo e no espaço.


O trabalho da educação psicomotora com as crianças deve prever a formação de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando oportunidade para que por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize sobre seu corpo.

Segundo Barreto (2000), “O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcionalidade, da lateralidade e do ritmo”. A educação da criança deve evidenciar a relação através do movimento de seu próprio corpo, levando em consideração sua idade, a cultura corporal e os seus interesses. A educação psicomotora para ser trabalhada necessita que sejam utilizadas as funções motoras, perceptivas, afetivas e sóciomotoras, pois assim a criança explora o ambiente, passa por experiências concretas, indispensáveis ao seu desenvolvimento intelectual, e é capaz de tomar consciência de si mesma e do mundo que a cerca.

A psicomotricidade educa “o movimento" ao mesmo tempo em que põe em jogo as
funções intelectivas” (Costallat, 1987, p. 1). Na escola, portanto, não podemos deixar de considerar a intrínseca e dialética relação entre ações motoras e ações de cognição.

Assim, percebe-se que torna-se indispensável, na educação infantil e primeiros anos do ensino fundamental, um trabalho que leve em consideração estas questões, propondo um planejamento pedagógico em que sejam contempladas atividades em que se busque o desenvolvimento das habilidades psicomotoras.

A criança, mesmo antes de seu ingresso na escola, já demonstra grande interesse por brincadeiras com papel, sendo amassando-o, rasgando-o, conhecendo-o...

Propõe-se então, o trabalho sistemático com as etapas do recorte, em que as crianças além das habilidades de coordenação viso-motora e coordenação fina, pode desenvolver outras competências relacionadas à criação e ação.


ETAPAS DE RECORTES:

1 – PICADO
• picado espontâneo
• picado com limite superior
• picado com limite inferior
• picado com limite em um dos lados
• picado com limite dos dois lados
• picado dentro de um quadrado, círculo, retângulo
• picado entre linhas que vão se aproximando
• picado sobre linha vertical, horizontal e em diferentes posições
• picado sobre contorno de figuras geométricas
• picado sobre formas complexas





2- Recorte a dedo
• rasgar papel a dedo espontaneamente
• rasgar papel em pedaços grandes(limite superior marcado, limite inferior marcado, Lugar determinado)
• rasgar papel em pedaços pequenos limite superior marcado, limite inferior marcado, Lugar determinado)
• rasgar papel em tiras
• recortar a dedos linhas desenhadas retas
• recortar a dedos linhas curvas , quebradas e mistas
• recortar a dedos círculos quadrados , triângulos, etc.
• recortar a dedos silhuetas de contornos amplos

3- Recortes com tesoura
• preensão correta da tesoura
• exercícios de cortar sem material algum- abrir e fechar a tesoura
• cortar papel espontaneamente
• corte em franjas ao redor de uma folha de papel
• corte em franjas em tiras de papel- nos extremos
• corte em franjas em tiras de papel – em todo o comprimento
• recorte sobre linhas retas desenhadas ( 8 cm comprimento)
• recorte sobre tiras largas e compridas ( 20 x 4 cm)
• recorte de formas geométricas , em tamanhos grandes
• recorte de formas geométricas , em tamanhos pequenos
• recorte de formas geométricas e desenhos ( linha reta) , graduando dificuldades.
• recorte de círculos- graduação decrescente de tamanhos.
• recorte de linhas curvas
• recorte de densos ( linhas curvas)
• recorte de linhas quebradas
• recorte de desenhos – linhas quebradas
• recorte de linhas mistas
• recorte de desenhos- linhas mistas



4- colagem
• colar pedaços grandes de papéis sobre uma folha de papel
• colar pedaços pequenos de papéis sobre uma folha de papel
• colar pedaços de papéis numa folha com limite superior
• colar pedaços de papéis numa folha com limite inferior
• colar pedaços de papel sobre superfícies geométricas dentro dos limites
• colar pedaços de papel sobre silhuetas de contornos simples
• colar pedaços de papel sobre silhuetas de contornos irregulares de complexidade crescente
• colar barbante sobre desenhos simples
• colar barbante sobre desenhos complexos
• colar aparas de lápis sobre desenhos seguindo os mesmos passos de colagem de papel picado


5- contorno e colorido
• cobrir com pontinhos toda a folha de papel
• cobrir com pontinhos folha de papel com limite superior
• cobrir com pontinhos folha de papel com limite inferior
• fazer pontinhos dentro de figuras geométricas
• fazer pontinhos sobre contornos de figuras geométricas
• fazer pontinhos sobre linhas- horizontal, vertical, curva, etc.
• desenhar pequenos círculos numa folha de papel sem limites
• desenhar pequenos círculos numa folha de papel com limites superior
• desenhar pequenos círculos numa folha de papel com limite inferior
• desenhar pequenos círculos dentro de formas geométricas

Fonte:
COSTALLAT, Dalila Molina de. Psicomotricidade: a coordenação viso-motora e dinâmica manual da criança infradotada – método de avaliação e exercitação gradual básica. 7 ed. Rio de Janeiro: Globo, 1987. 184 p.

http://www.colegiosantamaria.com.br/santamaria/aprenda-mais/artigos/ver.asp?artigo_id=9

PRIMEIRO ANIVERSÁRIO

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Hoje, 13 de maio de 2010, o NOSSO BLOG InterAção em Rede completa seu primeiro ano na net.

Mas, na verdade, estamos só aproveitando a data para PARABENIZAR todos os (as) Educadores (as) da Rede Municipal de Ensino de Caeté, que com tanto carinho e competência vem trabalhando para que possamos oferecer a nossos alunos, uma Educação que seja verdadeiramente sinônimo de Qualidade.

Agradecemos a todos que vêm acompanhando as postagens em nosso blog e reiteramos o convite para que façam parte, deixando comentários e se preferir, enviando sugestões de temas para o email pedagogicoseme@gmail.com