quarta-feira, 30 de junho de 2010

OS MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO NAS ESCOLAS DE CAETÉ (Cont.)

Dando continuidade à apresentação dos Métodos de Alfabetização adotados nas Escolas Municipais de Caeté, nesta postagem, serão publicadas as propostas das Escolas “Dr. João Pinheiro” e “João Monlevade”.

A E. M. “Dr. João Pinheiro” adota como Proposta de Alfabetização o Método Global de Contos. Neste método, como o nome já fala, as crianças são alfabetizadas através de uma história.



Ao iniciar o método, há um período de preliminares, em que é realizado o diagnóstico inicial da turma, a partir deste, é feita a classificação e divisão das turmas. Durante esta fase, são avaliados aspectos como: linguagem, desenvolvimento físico, desenvolvimento social, desenvolvimento emocional e geral.

Após este diagnóstico, as crianças passam por um período preparatório, em que são apresentadas às personagens da história, através de cartazes em que aparecem a frase: “Esta é a...” e sua ilustração.


Os materiais utilizados pelo professor neste método, são de extrema importância:
Cartazes grandes e ilustrados em cores.
Cartazes de frases destacáveis.
Modelos de letras cursivas.

Cada aluno recebe uma cópia do material do professor em tamanho reduzido (A4), que deve ser colado no caderno, onde ele colecionará estes cartazes e realizará atividades de escrita (ortografia e redação).

Os alunos recebem um bloco de atividades, com material que explora a aprendizagem da ortografia, da escrita e redação.

São fases do Método Global:
 CONTO;
 SENTENCIAÇÃO;
 PORÇÕES DE SENTIDO;
 PALAVRAÇÃO;
 REDAÇÃO DE PALAVRAS COM OS ELEMENTOS DAS PALAVRAS CONHECIDAS.

Após esse primeiro contato com a historia, é organizada para as crianças uma grande festa, onde elas recebem o caderno, em que colarão a cada semana, uma nova parte da história.

Durante o trabalho com o livro, é importante que as aulas sejam curtas e frequentes, controlando sua duração pelo interesse do aluno.

Etapas:
1. Período inicial: treinar a capacidade de ler por unidades de pensamento e não palavra por palavra.
2. Fase do conto: despertar o interesse dos alunos pelo livro.
3. Apresentação dos cartazes: a cada dia é apresentado um pedaço da história, como em novelas.
4. Leitura dos cartazes pelos alunos: enquanto a turma não souber ler e escrever de cor o primeiro cartaz, não se passa ao seguinte.
5. Distribuição da miniatura do cartaz: desenvolvimento da coordenação motora para o desenho das letras e o alinhamento da escrita.
6. Atividades diárias de escrita.
7. Trabalho ortográfico, realizado pela repetição.
8. Redação coletiva: reprodução das lições da leitura.

Durante a aplicação das etapas do método, o professor deve verificar se a turma revela amadurecimento para a fase da setenciação.

Como culminância do projeto desenvolvido durante todo o ano, prepara-se com os alunos a apresentação de uma peça teatral sobre os temas desenvolvidos.

A última escola a apresentar sua proposta de alfabetização foi a E. M. “João Monlevade”.

A E. M. “João Monlevade” vem adotando já há algum tempo, como recurso para o processo de alfabetização de seus alunos o Método Analítico da Palavra Geradora (Método Paulo Freire).


Neste método, parte-se de palavras contextualizadas, palavras carregadas de carga afetiva e de memória crítica, levando-se em conta a vivência do aluno e o contexto no qual está inserido, conduzindo este aluno a uma visão crítica de sua existência como cidadão e transformador da realidade.

No início do processo é importante que o alfabetizador seja escriba. Ao registrar, o educador escriba estará mostrando coisas como: a direção da escrita, espaçamento entre as palavras, as regras da norma padrão, a coerência e coesão, pontuação e ortografia.

A proposta inicial de atividades inclui a história do nome.


As palavras geradoras

O processo inicia-se pelo levantamento do universo vocabular dos alunos. Através de conversas informais, o educador observa os vocábulos mais usados pelos alunos, e assim seleciona as palavras (iniciando pelo nome dos alunos) que servirão de base para as atividades. A quantidade de palavras geradoras pode variar de acordo com o nível da turma.

A silabação: uma vez identificada, cada palavra geradora passa a ser estudada através das letras ou, para os mais avançados, divisão silábica, de forma semelhante ao método tradicional.
As palavras novas: o passo seguinte é a formação de palavras novas. Usando a letra inicial ou as famílias silábicas agora conhecidas, o grupo forma palavras novas.
A conscientização: um ponto fundamental do método é a discussão sobre os diversos temas surgidos a partir das palavras geradoras.
Atividades com registro e criativas e preferência a trabalhos no concreto com a participação dos alunos.

Ex: GABRIEL
• Dentro da palavra GABRIEL o que podemos encontrar?
• Que letra inicia e termina?
• Quantas letras? Quantas sílabas?
• Outras palavras que iniciam com a letra inicial
• Estudando a letra G de GABRIEL chegou na palavra gelatina.
• Trabalhou-se a palavra, finalizando com a divertida atividade de fazer e comer a gelatina.
• A professora aproveitou para trabalhar os conceitos:
• Quente e frio, líquido e sólido, muito e pouco dentre outros.

PROPOSTAS DE ATIVIDADES MAIS AVANÇADAS

1. Reconhecimento das palavras-chave em novos contextos
2. Descobertas de semelhanças e diferenças, visuais e auditivas entre as palavras.
c o l e t a


sacola taco cozinhar copo

mococa cobra pacote saco

3. Descobertas de semelhanças e diferenças, visuais e auditivas entre as palavras.
c o l e t a
c o p o
s a c o l a
p a c o t e
s a c o
c o l a
4. Formação de novas palavras, pela recombinação das sílabas e fonemas que constituem as palavras-chave.
5. Formação de novas palavras, pela recombinação das sílabas e fonemas que constituem as palavras-chave.

A apresentação dos Métodos de Alfabetização adotados por estas 4 Escolas Municipais de Caeté, teve como principal objetivo, propiciar aos educadores do Ciclo A, o conhecimento ou a redescoberta dos diversos Métodos de Alfabetização, sejam eles de base sintética ou analítica; demonstrando assim, que não há comprovadamente, o Melhor.

O que existe são vários Métodos de Alfabeitzação, que devem ser levados ao conhecimento de cada educador (a) para que o mesmo, diante da realidade de sua turma, possa decidir dentro da sua experiência o que será melhor para aquele grupo e para aquela realidade.

Agradecemos e parabenizamos os Profissionais das Escolas: "Professora Sirlene de Paula", "Helena de Barros Pinheiro", "Dr. João Pinheiro" e "João Monlevade" que proporcionaram aos Educadores da Rede Municipal de Ensino de Caeté, mais um momento de aprendizado e troca de experiências sobre os Métodos de Alfabetização.

Blibliografia:

Apresentação em PowerPoint e Apostila elaborados pela Equipe da E. M. "Dr. João Pinheiro".

Apresentação em PowerPoint elaborada pela Equipe da E. M. "João Monlevade".

terça-feira, 1 de junho de 2010

OS MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO NAS ESCOLAS DE CAETÉ

No dia 17 de maio, foi realizado na SEME mais um Módulo Pedagógico que contou com a participação dos (as) professores (as) do Ciclo A da Rede Municipal de Ensino.

Durante as duas horas de encontro, as Escolas: "Dr. João Pinheiro", "Helena de Barros Pinheiro", "João Monlevade" e "Professora Sirlene de Paula" apresentaram os Métodos de Alfabetização adotados por suas professoras do Ciclo A, que vem garantindo o sucesso no processo de aprendizado da leitura e escrita de seus alunos.

Iremos agora, apresentar as experiências de alfabetização destas 4 escolas, sendo que nesta postagem, vocês poderão conferir a proposta da E. M. "Professora Sirlene de Paula" e E. M. "Helena de Barros Pinheiro".

A primeira a apresentar sua proposta, foi a Escola Municipal Professora Sirlene de Paula.

Segundo o relato das professoras, toda a equipe do Ciclo A, adota em suas aulas, técnicas e procedimentos pedagógicos referentes ao Método Silábico.

O Método Silábico de Alfabetização é um método sintético ou seja, tem como ponto de partida os sons das letras (fonemas) ou os sons das sílabas (unidades fonéticas).

No Método Silábico:



Os passos do Método Silábico:




Apesar de ser um método criticado por muitos teóricos e educadores, devido às limitações já apresentadas no quadro acima, a Escola Municipal Professora Sirlene de Paula adota este método e compromete-se em desenvolver uma proposta diferenciada tendo como foco o lúdico e a aprendizagem significativa.

São desenvolvidas atividades como:

Alfabeto e Produção de texto

Ler a letra da música “Abecedário da Xuxa”.
Cantar a música.
Criar com os alunos uma música com novas palavras com as letras do alfabeto.
Cantar a nova música.

Introdução de sílaba




Preparar a turma em rodinha.
Conversar e pedir aos alunos que a medida que o saquinho for passando cada aluno dê sua opinião a respeito do conteúdo do saquinho.

Formação de palavras

Formar equipes.
Distribuir as sílabas para cada equipe e um folha de papel ofício.
Pedir aos alunos para formarem palavras com as sílabas.
Cada palavra formada será registrada.
Ao final cada equipe ditará as palavras para serem escritas no quadro de giz.
Vence o grupo que conseguir formar maior número de palavras.
Registrar as palavras no caderno.

Dado de sílabas
O aluno joga o dado, e de acordo com a sílaba que cair, ele deverá pegar um objeto que comece com esta sílaba. Depois que todos jogarem, registrar o nome dos objetos e ilustrar cada palavra.


A segunda a apresentar sua proposta de Alfabetização, foi a Escola Municipal “Helena de Barros Pinheiro”.

A E. M. “Helena de Barros Pinheiro” adota como prática pedagógica de alfabetização a Proposta Sociointeracionista.

Esta proposta tem como base a teoria de aprendizagem desenvolvida por Vygotsky e a Psicogênese da Língua Escrita de Emília Ferreiro e Ana Teberosky.

Segundo a teoria de aprendizagem proposta por Vygotsky, o indivíduo aprende na relação com o outro e com o objeto de conhecimento.

Vygotsky tem como base de sua teoria, o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, em que ele propõe que o indivíduo aprende, partindo de um conhecimento real já consolidado e que na relação com o outro mais “experiente”, que atua como mediador de seu aprendizado, ele se torna capaz de ativar um conhecimento potencial.

O (a) professor (a) alfabetizador (a) deve atuar como mediador nesta área, proporcionando às suas crianças a possibilidade de construir as habilidades necessárias à consolidação do aprendizado da leitura e da escrita.

Segundo Ferreiro e Teberosky, na proposta sociointeracionista, a alfabetização deve ser desenvolvida de forma contextualizada e significativa através da transposição didática das práticas sociais da leitura e da escrita, levando-se em consideração que a descoberta do princípio alfabético se dá através da exposição e do uso da leitura e da escrita. Esta prática deve ocorrer de forma reflexiva a partir de apresentação de situações-problema nas quais os alunos revelem espontaneamente as suas hipóteses e sejam levados a pensar sobre a escrita, cabendo ao professor (a) o papel de intervir de forma mais efetiva.

É importante ressaltar que a aprendizagem da leitura e da escrita não se dá de forma espontânea, aí reside a importância do (a) professor (a) enquanto mediador, que deve proporcionar às crianças a familiarização com conceitos como: letra, palavra, frase e texto, bem como a capacidade de manipular de forma intencional os sons que constituem as palavras (sílabas e fonemas).

Para os (as) professores (as) da E. M. “Helena de Barros Pinheiro”, no início da alfabetização, deve-se proporcionar às crianças, a possibilidade de compreender para que serve a escrita e a leitura, qual a sua função. Para isso, são apresentados aos alunos uma ampla e variada tipologia textual, por entender que o espaço escolar é o local onde os alunos aprendem a dominar os conhecimentos já adquiridos e as informações que lhe são apresentadas.

Nesta proposta, devem ser privilegiados objetivos de aprendizagem como:

• Reconhecer as letras do alfabeto por intermédio de seu próprio nome, dos colegas e da escola;
• Reconhecer o próprio nome e outras palavras, fazendo a correspondência entre as letras escritas e os sons que compõem a linguagem;
• Identificar a quantidade de letras que forma o nome;
• Construir novas palavras, frases e pequenos textos a partir das letras do alfabeto;
• Desenvolver habilidades de leitura e identificar palavras com sons semelhantes por meio da memorização de quadrinhas;
• Tomar conhecimento de textos diversos: poemas, cantigas de roda, quadrinhas, parlendas, textos informativos, contos de fada, etc.;
• Fazer leitura e análise de imagens (histórias em quadrinhos, fotos, pinturas, etc.);
• Valorizar o vocabulário ativo e ampliá-lo;
• Refletir sobre o uso da linguagem, começando a estabelecer relações entre os aspectos formais.

Sugestões de Atividades:

• Bingo de letras;
• Bingo de nomes;
• Lista de palavras escolarizadas;
• Listas com outras palavras (animais, frutas, brincadeiras);
• Listas de nomes (ordem alfabética);
• Distinguir vogais e consoantes;
• Trilha do alfabeto;
• Alfabeto móvel;
• Jogo da forca;
• Trabalhar vários gêneros textuais (parlendas, quadrinhas, histórias e músicas infantis);
• Trabalhar com rimas;
• Cruzadinhas;
• Ditados e autoditados;
• Produção de textos coletivos.


A Importância da Avaliação

Nesta proposta, é indispensável que as atividades sejam bem planejadas e que a avaliação constitua-se como uma prática cotidiana.

No início do processo, o (a) professor (a) deve realizar uma avaliação diagnóstica de escrita, em que se poderá identificar em que nível de escrita proposto por Ferreiro (pré-silábico, silábico, silabicoalfabético, alfabético) cada criança encontra-se.

Partindo desta avaliação, o (a) professor (a) deverá propor em seu planejamento atividades que possam promover o avanço no aprendizado de cada aluno, de acordo com o nível de escrita em que ele se encontra.

Bibliografia:

"Proposta de Alfabetização Sociointeracionista" (Apostila produzida pela Professora Renata Félix Ferreira Bento da E. M. "Helena de Barros Pinheiro").

"Métodos de Alfabetização" (Apresentação de PowerPoint elaborada pela equipe da E. M. "Professora Sirlene de Paula".


OS MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO NAS ESCOLAS DE CAETÉ (Cont.)

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Dando continuidade à apresentação dos Métodos de Alfabetização adotados nas Escolas Municipais de Caeté, nesta postagem, serão publicadas as propostas das Escolas “Dr. João Pinheiro” e “João Monlevade”.

A E. M. “Dr. João Pinheiro” adota como Proposta de Alfabetização o Método Global de Contos. Neste método, como o nome já fala, as crianças são alfabetizadas através de uma história.



Ao iniciar o método, há um período de preliminares, em que é realizado o diagnóstico inicial da turma, a partir deste, é feita a classificação e divisão das turmas. Durante esta fase, são avaliados aspectos como: linguagem, desenvolvimento físico, desenvolvimento social, desenvolvimento emocional e geral.

Após este diagnóstico, as crianças passam por um período preparatório, em que são apresentadas às personagens da história, através de cartazes em que aparecem a frase: “Esta é a...” e sua ilustração.


Os materiais utilizados pelo professor neste método, são de extrema importância:
Cartazes grandes e ilustrados em cores.
Cartazes de frases destacáveis.
Modelos de letras cursivas.

Cada aluno recebe uma cópia do material do professor em tamanho reduzido (A4), que deve ser colado no caderno, onde ele colecionará estes cartazes e realizará atividades de escrita (ortografia e redação).

Os alunos recebem um bloco de atividades, com material que explora a aprendizagem da ortografia, da escrita e redação.

São fases do Método Global:
 CONTO;
 SENTENCIAÇÃO;
 PORÇÕES DE SENTIDO;
 PALAVRAÇÃO;
 REDAÇÃO DE PALAVRAS COM OS ELEMENTOS DAS PALAVRAS CONHECIDAS.

Após esse primeiro contato com a historia, é organizada para as crianças uma grande festa, onde elas recebem o caderno, em que colarão a cada semana, uma nova parte da história.

Durante o trabalho com o livro, é importante que as aulas sejam curtas e frequentes, controlando sua duração pelo interesse do aluno.

Etapas:
1. Período inicial: treinar a capacidade de ler por unidades de pensamento e não palavra por palavra.
2. Fase do conto: despertar o interesse dos alunos pelo livro.
3. Apresentação dos cartazes: a cada dia é apresentado um pedaço da história, como em novelas.
4. Leitura dos cartazes pelos alunos: enquanto a turma não souber ler e escrever de cor o primeiro cartaz, não se passa ao seguinte.
5. Distribuição da miniatura do cartaz: desenvolvimento da coordenação motora para o desenho das letras e o alinhamento da escrita.
6. Atividades diárias de escrita.
7. Trabalho ortográfico, realizado pela repetição.
8. Redação coletiva: reprodução das lições da leitura.

Durante a aplicação das etapas do método, o professor deve verificar se a turma revela amadurecimento para a fase da setenciação.

Como culminância do projeto desenvolvido durante todo o ano, prepara-se com os alunos a apresentação de uma peça teatral sobre os temas desenvolvidos.

A última escola a apresentar sua proposta de alfabetização foi a E. M. “João Monlevade”.

A E. M. “João Monlevade” vem adotando já há algum tempo, como recurso para o processo de alfabetização de seus alunos o Método Analítico da Palavra Geradora (Método Paulo Freire).


Neste método, parte-se de palavras contextualizadas, palavras carregadas de carga afetiva e de memória crítica, levando-se em conta a vivência do aluno e o contexto no qual está inserido, conduzindo este aluno a uma visão crítica de sua existência como cidadão e transformador da realidade.

No início do processo é importante que o alfabetizador seja escriba. Ao registrar, o educador escriba estará mostrando coisas como: a direção da escrita, espaçamento entre as palavras, as regras da norma padrão, a coerência e coesão, pontuação e ortografia.

A proposta inicial de atividades inclui a história do nome.


As palavras geradoras

O processo inicia-se pelo levantamento do universo vocabular dos alunos. Através de conversas informais, o educador observa os vocábulos mais usados pelos alunos, e assim seleciona as palavras (iniciando pelo nome dos alunos) que servirão de base para as atividades. A quantidade de palavras geradoras pode variar de acordo com o nível da turma.

A silabação: uma vez identificada, cada palavra geradora passa a ser estudada através das letras ou, para os mais avançados, divisão silábica, de forma semelhante ao método tradicional.
As palavras novas: o passo seguinte é a formação de palavras novas. Usando a letra inicial ou as famílias silábicas agora conhecidas, o grupo forma palavras novas.
A conscientização: um ponto fundamental do método é a discussão sobre os diversos temas surgidos a partir das palavras geradoras.
Atividades com registro e criativas e preferência a trabalhos no concreto com a participação dos alunos.

Ex: GABRIEL
• Dentro da palavra GABRIEL o que podemos encontrar?
• Que letra inicia e termina?
• Quantas letras? Quantas sílabas?
• Outras palavras que iniciam com a letra inicial
• Estudando a letra G de GABRIEL chegou na palavra gelatina.
• Trabalhou-se a palavra, finalizando com a divertida atividade de fazer e comer a gelatina.
• A professora aproveitou para trabalhar os conceitos:
• Quente e frio, líquido e sólido, muito e pouco dentre outros.

PROPOSTAS DE ATIVIDADES MAIS AVANÇADAS

1. Reconhecimento das palavras-chave em novos contextos
2. Descobertas de semelhanças e diferenças, visuais e auditivas entre as palavras.
c o l e t a


sacola taco cozinhar copo

mococa cobra pacote saco

3. Descobertas de semelhanças e diferenças, visuais e auditivas entre as palavras.
c o l e t a
c o p o
s a c o l a
p a c o t e
s a c o
c o l a
4. Formação de novas palavras, pela recombinação das sílabas e fonemas que constituem as palavras-chave.
5. Formação de novas palavras, pela recombinação das sílabas e fonemas que constituem as palavras-chave.

A apresentação dos Métodos de Alfabetização adotados por estas 4 Escolas Municipais de Caeté, teve como principal objetivo, propiciar aos educadores do Ciclo A, o conhecimento ou a redescoberta dos diversos Métodos de Alfabetização, sejam eles de base sintética ou analítica; demonstrando assim, que não há comprovadamente, o Melhor.

O que existe são vários Métodos de Alfabeitzação, que devem ser levados ao conhecimento de cada educador (a) para que o mesmo, diante da realidade de sua turma, possa decidir dentro da sua experiência o que será melhor para aquele grupo e para aquela realidade.

Agradecemos e parabenizamos os Profissionais das Escolas: "Professora Sirlene de Paula", "Helena de Barros Pinheiro", "Dr. João Pinheiro" e "João Monlevade" que proporcionaram aos Educadores da Rede Municipal de Ensino de Caeté, mais um momento de aprendizado e troca de experiências sobre os Métodos de Alfabetização.

Blibliografia:

Apresentação em PowerPoint e Apostila elaborados pela Equipe da E. M. "Dr. João Pinheiro".

Apresentação em PowerPoint elaborada pela Equipe da E. M. "João Monlevade".

OS MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO NAS ESCOLAS DE CAETÉ

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No dia 17 de maio, foi realizado na SEME mais um Módulo Pedagógico que contou com a participação dos (as) professores (as) do Ciclo A da Rede Municipal de Ensino.

Durante as duas horas de encontro, as Escolas: "Dr. João Pinheiro", "Helena de Barros Pinheiro", "João Monlevade" e "Professora Sirlene de Paula" apresentaram os Métodos de Alfabetização adotados por suas professoras do Ciclo A, que vem garantindo o sucesso no processo de aprendizado da leitura e escrita de seus alunos.

Iremos agora, apresentar as experiências de alfabetização destas 4 escolas, sendo que nesta postagem, vocês poderão conferir a proposta da E. M. "Professora Sirlene de Paula" e E. M. "Helena de Barros Pinheiro".

A primeira a apresentar sua proposta, foi a Escola Municipal Professora Sirlene de Paula.

Segundo o relato das professoras, toda a equipe do Ciclo A, adota em suas aulas, técnicas e procedimentos pedagógicos referentes ao Método Silábico.

O Método Silábico de Alfabetização é um método sintético ou seja, tem como ponto de partida os sons das letras (fonemas) ou os sons das sílabas (unidades fonéticas).

No Método Silábico:



Os passos do Método Silábico:




Apesar de ser um método criticado por muitos teóricos e educadores, devido às limitações já apresentadas no quadro acima, a Escola Municipal Professora Sirlene de Paula adota este método e compromete-se em desenvolver uma proposta diferenciada tendo como foco o lúdico e a aprendizagem significativa.

São desenvolvidas atividades como:

Alfabeto e Produção de texto

Ler a letra da música “Abecedário da Xuxa”.
Cantar a música.
Criar com os alunos uma música com novas palavras com as letras do alfabeto.
Cantar a nova música.

Introdução de sílaba




Preparar a turma em rodinha.
Conversar e pedir aos alunos que a medida que o saquinho for passando cada aluno dê sua opinião a respeito do conteúdo do saquinho.

Formação de palavras

Formar equipes.
Distribuir as sílabas para cada equipe e um folha de papel ofício.
Pedir aos alunos para formarem palavras com as sílabas.
Cada palavra formada será registrada.
Ao final cada equipe ditará as palavras para serem escritas no quadro de giz.
Vence o grupo que conseguir formar maior número de palavras.
Registrar as palavras no caderno.

Dado de sílabas
O aluno joga o dado, e de acordo com a sílaba que cair, ele deverá pegar um objeto que comece com esta sílaba. Depois que todos jogarem, registrar o nome dos objetos e ilustrar cada palavra.


A segunda a apresentar sua proposta de Alfabetização, foi a Escola Municipal “Helena de Barros Pinheiro”.

A E. M. “Helena de Barros Pinheiro” adota como prática pedagógica de alfabetização a Proposta Sociointeracionista.

Esta proposta tem como base a teoria de aprendizagem desenvolvida por Vygotsky e a Psicogênese da Língua Escrita de Emília Ferreiro e Ana Teberosky.

Segundo a teoria de aprendizagem proposta por Vygotsky, o indivíduo aprende na relação com o outro e com o objeto de conhecimento.

Vygotsky tem como base de sua teoria, o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, em que ele propõe que o indivíduo aprende, partindo de um conhecimento real já consolidado e que na relação com o outro mais “experiente”, que atua como mediador de seu aprendizado, ele se torna capaz de ativar um conhecimento potencial.

O (a) professor (a) alfabetizador (a) deve atuar como mediador nesta área, proporcionando às suas crianças a possibilidade de construir as habilidades necessárias à consolidação do aprendizado da leitura e da escrita.

Segundo Ferreiro e Teberosky, na proposta sociointeracionista, a alfabetização deve ser desenvolvida de forma contextualizada e significativa através da transposição didática das práticas sociais da leitura e da escrita, levando-se em consideração que a descoberta do princípio alfabético se dá através da exposição e do uso da leitura e da escrita. Esta prática deve ocorrer de forma reflexiva a partir de apresentação de situações-problema nas quais os alunos revelem espontaneamente as suas hipóteses e sejam levados a pensar sobre a escrita, cabendo ao professor (a) o papel de intervir de forma mais efetiva.

É importante ressaltar que a aprendizagem da leitura e da escrita não se dá de forma espontânea, aí reside a importância do (a) professor (a) enquanto mediador, que deve proporcionar às crianças a familiarização com conceitos como: letra, palavra, frase e texto, bem como a capacidade de manipular de forma intencional os sons que constituem as palavras (sílabas e fonemas).

Para os (as) professores (as) da E. M. “Helena de Barros Pinheiro”, no início da alfabetização, deve-se proporcionar às crianças, a possibilidade de compreender para que serve a escrita e a leitura, qual a sua função. Para isso, são apresentados aos alunos uma ampla e variada tipologia textual, por entender que o espaço escolar é o local onde os alunos aprendem a dominar os conhecimentos já adquiridos e as informações que lhe são apresentadas.

Nesta proposta, devem ser privilegiados objetivos de aprendizagem como:

• Reconhecer as letras do alfabeto por intermédio de seu próprio nome, dos colegas e da escola;
• Reconhecer o próprio nome e outras palavras, fazendo a correspondência entre as letras escritas e os sons que compõem a linguagem;
• Identificar a quantidade de letras que forma o nome;
• Construir novas palavras, frases e pequenos textos a partir das letras do alfabeto;
• Desenvolver habilidades de leitura e identificar palavras com sons semelhantes por meio da memorização de quadrinhas;
• Tomar conhecimento de textos diversos: poemas, cantigas de roda, quadrinhas, parlendas, textos informativos, contos de fada, etc.;
• Fazer leitura e análise de imagens (histórias em quadrinhos, fotos, pinturas, etc.);
• Valorizar o vocabulário ativo e ampliá-lo;
• Refletir sobre o uso da linguagem, começando a estabelecer relações entre os aspectos formais.

Sugestões de Atividades:

• Bingo de letras;
• Bingo de nomes;
• Lista de palavras escolarizadas;
• Listas com outras palavras (animais, frutas, brincadeiras);
• Listas de nomes (ordem alfabética);
• Distinguir vogais e consoantes;
• Trilha do alfabeto;
• Alfabeto móvel;
• Jogo da forca;
• Trabalhar vários gêneros textuais (parlendas, quadrinhas, histórias e músicas infantis);
• Trabalhar com rimas;
• Cruzadinhas;
• Ditados e autoditados;
• Produção de textos coletivos.


A Importância da Avaliação

Nesta proposta, é indispensável que as atividades sejam bem planejadas e que a avaliação constitua-se como uma prática cotidiana.

No início do processo, o (a) professor (a) deve realizar uma avaliação diagnóstica de escrita, em que se poderá identificar em que nível de escrita proposto por Ferreiro (pré-silábico, silábico, silabicoalfabético, alfabético) cada criança encontra-se.

Partindo desta avaliação, o (a) professor (a) deverá propor em seu planejamento atividades que possam promover o avanço no aprendizado de cada aluno, de acordo com o nível de escrita em que ele se encontra.

Bibliografia:

"Proposta de Alfabetização Sociointeracionista" (Apostila produzida pela Professora Renata Félix Ferreira Bento da E. M. "Helena de Barros Pinheiro").

"Métodos de Alfabetização" (Apresentação de PowerPoint elaborada pela equipe da E. M. "Professora Sirlene de Paula".