segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Módulo Pedagógico: Pontos para contar um conto

Neste mês de outubro, mês do Professor, as pedagogas Lucienne Bispo (E. M. Prof. Sirlene de Paula), Michele Estéfani (E. M. D. Maria de Barros) e Lilian Lara (E. M. João Monlevade), presentearam nossas professoras da Educação Infantil com um riquíssimo módulo pedagógico sobre contação de histórias infantis. Confiram:

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Feliz Dia dos Professores




terça-feira, 14 de agosto de 2012

Currículo Escolar











segunda-feira, 14 de maio de 2012

Ciclos de Formação


sexta-feira, 9 de março de 2012

PDE Interativo

As 17 unidades escolares da Rede Municipal de Ensino de Caeté já iniciaram a elaboração do PDE Interativo no SIMEC - Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle.

O PDE Interativo é um Planejamento Estratégico e coletivo, que permite a realização de um diagnóstico preciso da realidade escolar em seus aspectos pedagógicos e adminstrativo-financeiros. A partir deste diagnóstico deve ser proposto um plano que contemple estratégias que visem o "ataque" a todos os problemas apontados.

A partir de 2012, a elaboração deste plano tornou-se imprenscindível às escolas, por ser esta a estratégia proposta pelo MEC para levantamento de demanda para oferecimento de cursos de formação continuada para nossos professores.

Veja a seguir algumas considerações sobre o PDE Interativo:
Bibliografia:

http://pdeescola.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=category&id=37&Itemid=56

Apresentação de slides do Encontro de Formação das Diretoras Escolares da Rede Municipal de Ensino de Caeté

Maiores esclarecimentos com Aline e Michelly no DAP.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

15 de outubro: Dia do(a) Professor(a)

Como surgiu o Dia do Professor?

"Tudo começou com um decreto imperial, de 15 de outubro de 1827, que trata da primeira Lei Geral relativa ao Ensino Elementar. Este decreto, outorgado por Dom Pedro I, veio a se tornar um marco na educação imperial, de tal modo que passou a ser a principal referência para os docentes do primário e ginásio nas províncias. A Lei tratou dos mais diversos assuntos como descentralização do ensino, remuneração dos professores e mestras, ensino mútuo, currículo mínimo, admissão de professores e escolas das meninas.

A primeira contribuição da Lei de 15 de outubro de 1827 foi a de determinar, no seu artigo 1º, que as Escolas de Primeiras Letras (hoje, ensino fundamental) deveriam ensinar, para os meninos, a leitura, a escrita, as quatro operações de cálculo e as noções mais gerais de geometria prática. Às meninas, sem qualquer embasamento pedagógico, estavam excluídas as noções de geometria. Aprenderiam, sim, as prendas (costurar, bordar, cozinhar etc) para a economia doméstica.

Se compararmos a lei geral do período imperial com a nossa atual lei geral da educação republicana, a Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), persegue ainda ideais imperiais, ao estabelecer, entre os fins do ensino fundamental, a tarefa de desenvolver a “capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo”. Portanto, mais de um sesquicentenário da lei, perseguimos os meus objetivos da educação imperial.

A Lei de 15 de novembro também inovou no processo de descentralização do ensino ao mandar criar escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do Império. Hoje, além da descentralização do ensino, para maior cobertura de matrícula do ensino fundamental, obrigatório e gratuito, o poder público assegura, por imperativo constitucional, sua oferta gratuita, inclusive, para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria (Inciso I, artigo 208, Constituição Federal)." (Vicente Martins)

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.

Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.

Desde então, pouca coisa mudou...

Hoje, o professor sofre com a má remuneração, com a falta de valorização e prestígio, entre tantos outros fatores sociais e culturais que emperram a sua realização profissional.

Moacir Gadotti, em seu livro "Boniteza de um sonho: Ensinar-e-aprender com sentido" (disponí­vel online no site do Instituto Paulo Freire) diz que:

"O que é ser professor hoje? Ser professor hoje é viver intensamente o seu tempo com consciência e sensibilidade. Não se pode imaginar um futuro para a humanidade sem educadores. Os educadores, numa visão emancipadora, não só transformam a informação em conhecimento e em consciência crí­tica, mas também formam pessoas. Diante dos falsos pregadores da palavra, dos marqueteiros, eles são os verdadeiros "amantes da sabedoria", os filósofos de que nos falava Sócrates. Eles fazem fluir o saber – não o dado, a informação, o puro conhecimento – porque constróem sentido para a vida das pessoas e para a humanidade e buscam, juntos, um mundo mais justo, mais produtivo e mais saudável para todos. Por isso eles são imprescindí­veis."

Este profissional merece todo nosso carinho, respeito e reconhecimento.

Feliz Dia do Professor!!

Fontes de pesquisa:

Martins, Vicente. "Como surgiu o dia do Professor?"(disponível em http://www.psicopedagogia.com.br

http://miriamsalles.info/wp/?p=136

http://www.portaldafamilia.org/datas/professor/diaprof.shtml


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sequências Didáticas e Estratégias de Leitura

Sequências didáticas são sequências de atividades destinadas a promover ensino-aprendizagem, tendo como objetivo principal a compreensão e uma aprendizagem significativa. Elas podem ser aplicadas em todos os níveis de ensino e etapas do processo de ensino-aprendizagem (levantamento de conhecimentos prévios, apresentação, contextualização, análise, discussão em torno de problemas e soluções possíveis e, finalmente, sistematização).

As sequências didáticas apresentam-se como um modelo organizativo da prática pedagógica que tem como objetivo promover o processo de ensino-aprendizagem.

Delia Lerner apresenta três modelos organizativos para o planejamento do professor: atividades permanentes, sequências didáticas e projetos didáticos. Para Lerner, “planejar dessa forma ajuda a pensar o progresso dos alunos e favorece a retomada consciente de conteúdos durante a vida escolar.

Para Zabala (1998, p.18) sequências didáticas são “um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos alunos.

Sob a perspectiva pedagógica da sequência didática, o professor pode planejar atividades que contemplem o objetivo de ensino-aprendizagem proposto , de acordo com os seguintes conceitos:

introduzir: levar os alunos a se familiarizarem com conteúdos e conhecimentos;

retomar: quando se tratar de conceitos ou capacidades já dominados ou
consolidados em período anterior;

trabalhar: para favorecer o desenvolvimento pelos alunos;

consolidar: sedimentando os avanços em seus conhecimentos e capacidades.

O professor ao trabalhar com a leitura deve refletir sobre os procedimentos didáticos e aspectos instrucionais que devem ser adotados junto aos alunos para mediar o desenvolvimento das habilidades necessárias a compreensão leitora dos mesmos.

O planejamento alicerçado sobre sequências didáticas favorece ao professor, a realização de um trabalho que atenda aos vários perfis de alunos e suas diferentes necessidades educativas.

Scheneuly e Dozl (2004) utilizam o termo sequência didática para se referirem a um conjunto de atividades escolares organizado de maneira sistemática em torno de um gênero textual oral e/ou escrito. Dessa forma, percebe-se que o próprio conceito traz em si, o princípio da sistematização da atividade pedagógica.

Para Moura, Martins e Caxangá, no ensino da leitura, o professor deve atuar como um mediador. Nesse modelo, o trabalho com a leitura é considerado como uma prática social e pressupõe o desenvolvimento de capacidades no leitor que o possibilite a interagir com diferentes genêros textuais, pertencentes a múltiplos domínios discursivos e que o torne capaz de usar a leitura como instrumento para continuar aprendendo.

Nessa concepção, a interação entre o aluno e o professor, no momento da leitura é crucial, porque é essa ação que permite ao aluno entender não só as informações explícitas na superfície do texto, mas também o implícito.

É importante que o professor tenha a leitura tutorial como prática presente em seu dia-a-dia, neste tipo de leitura, o professor assume a condição de mediador fazendo as intervenções necessárias para que o aluno atinja a compreensão leitora.

Assumir a leitura como uma atividade em que alunos e professores passam a ser sujeitos ativos e colaborativos, implica novos procedimentos e comportamentos:

1. Compreensão da leitura enquanto prática social;

2. Concepção da linguagem enquanto processo de interação;

3. O gênero textual e sua finalidade:

Como procedimento de mediação da leitura dos diversos gêneros textuais, o professor necessitará fazer a exploração das dimensões presentes no texto: o cotexto, o contexto, o infratexto e o intertexto.

O cotexto compreende os elementos linguísticos e a estrutura que definem a materialidade do próprio texto. É essa dimensão que caracteriza as escolhas gramaticais e lexicais que remete o leitor a compreensão das intenções do autor. O contexto, segundo Koch, “é um conjunto de suposições, baseadas nos saberes dos interlocutores, mobilizadas para a interpretação de um texto”. Para que haja compreensão do texto, é necessário que autor e leitor compartilhem, pelos menos parcialmente, conhecimentos, tais como: enciclopédico, sociointeracional, textual, entre outros. Já o infratexto diz respeito ao processo de inferência, que, segundo Marcuschi (2008) corresponde a geração semântica de novas informações a partir daquelas que já possuímos em um dado contexto. A noção de inferência é fundamental na compreensão leitora, considerando que ela permite ao leitor ampliar o seu conhecimento sobre o objeto de leitura de que trata o texto. O intertexto corresponde ao pressuposto de que todo texto é resultado de confluência de outros textos.

4. Estratégias sociocognitivas (estratégias que o sujeito mobiliza, no ato da leitura, para processamento textual, que envolvem três sistemas de conheciementos: o linguístico, o enciclopédico e o interacional);

5. Organização didática;

6. Estratégias de leitura;

7. Estratégias metacognitivas (c0nhecimento que o sujeito tem sobre seu próprio conhecimento);

8. Estratégias de mediação.

Sequência Didática Aplicada à Leitura

O cotexto

· Antes de iniciar a leitura do texto, é importante que o professor oriente o aluno a fazer uma leitura silenciosa para avaliar o nível de dificuldade do texto. Em seguida discuta a técnica de leitura adequada ao objetivo do texto: sublinhar as informações importantes, anotar as palavras desconhecidas.

Ajudar o aluno a:

· Reconhecer o gênero do texto, a organização estrutural do texto, para que ele aprenda a perceber o objetivo da leitura;

· Identificar o objetivo da leitura e a persegui-lo durante a leitura;

· Acionar os conhecimentos prévios; enciclopédicos, conhecimento lingüístico, conhecimento interacional, por meio de perguntas direcionadas estabelecendo previsões sobre o texto; explorando o tema, a área abrangente;

· Localizar informações explícitas no texto e a inferir o sentido de uma palavra ou expressão;

· Expor o que já sabe sobre o tema

· Prestar atenção a determinados aspectos do texto que podem ativar seu conhecimento prévio;

· Levantar hipóteses sobre alguns aspectos do texto;

· Perceber as relações de hierarquia das informações nos parágrafos: ideias central e secundárias;

· Perceber a linearidade do texto; a progressão das informações e da distribuição nos parágrafos e a identificar dos elementos gramaticais que colaboram na construção da progressão do texto;

· Estabelecer relações lógico-discursivas marcadas por sequencializadores.

· Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato;

· Utilizar os recursos multimodais apresentados no texto (tabelas, gráficos, figuras etc) como elementos que ajudam na construção de sentido do texto.

· Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações;

· Identificar as marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e interlocutor de um texto.

· Desenvolver determinadas habilidades necessárias à compreensão leitora, dentre elas: a relação, a analogia, a síntese, classificação, a ordenação hierárquica, a descoberta da coerência global do texto, a comparação e a avaliação;

· Buscar as relações existentes nas informações presentes no texto: principalmente as de causa e consequência.

· Avaliar o seu nível de metacognição, identificando as informações novas aprendidas com a leitura do texto.

O contexto

Ajudar o aluno a:

· Perceber a função social do texto;

· Reconhecer autor, a intenção, o interlocutor, o suporte, a situação de produção (época, local, fatos relacionados)

· Estabelecer uma relação de sentidos entre o texto e a experiência (universo comunicacional do aluno) procurando torná-lo mais real possível

· Fazer a relação entre as informações do texto e o conhecimento já consolidado (o texto e a experiência)

· Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e que será recebido;

O infratexto

Ajudar o aluno a:

· Perceber o implícito no texto, acionando os conhecimentos culturais para que ele perceba a diferença entre real e ficcional;

· Relacionar o conteúdo do texto com sua realidade;

· Fazer as inferências a partir das pistas oferecidas pelo autor: as analogias que se pode fazer.

O intertexto

Ajudar o aluno a:

· Buscar outros textos que tratam sobre o mesmo tema;

· Perceber diferentes formas da intertextualidade: elementos no texto que remetem a outros textos;

· Analisar paráfrases e paródias em diferentes situações;

O registro da leitura

Ajudar o aluno a:

· Retomar as aprendizagens construídas a partir da leitura do texto de modo a ampliar sua visão de mundo

· Retomar de forma sintética as informações contidas no texto, para que o aluno reelabore o texto sem que se sinta incapaz de fazê-lo.

· Sistematizar em forma de resumo as informações principais do texto, para que ele desenvolva as habilidades de compreender, distinguir, hierarquizar, questionar, descobrir a estrutura textual e outras, além da capacidade de organização da escrita. Esse momento gera também a oportunidade de refletir sobre a leitura realizada. Pode ocorrer através das seguintes possibilidades: atividades orientadas para a compreensão do texto (perguntas); resumo do texto; mapa conceitual.


BIBLIOGRAFIA:

Brasília, Secretaria de Educação Básica/ MEC. Proletramento.

MOURA, Ana Aparecida Vieira de. MARTINS, Luzineth Rodrigues. CAXANGÁ, Maria do Rosário Rocha. "A sequência didática aplicada à leitura: os explícitos, os implícitos e a mediação do professor." Disponível em: http://leituras.literaturas.pro.br/index.jsp?conteudo=406


http://atelierdeducadores.blogspot.com/2010/12/sequencias-didaticas.html#ixzz1LbAm2Jwz

ZABALA, Antoni. A prática educativa. Tradução: Ernani F. da F. Rosa. Porto Alegre: ArtMed, 1998.





INTER AÇÃO EM REDE

Módulo Pedagógico: Pontos para contar um conto

0

Neste mês de outubro, mês do Professor, as pedagogas Lucienne Bispo (E. M. Prof. Sirlene de Paula), Michele Estéfani (E. M. D. Maria de Barros) e Lilian Lara (E. M. João Monlevade), presentearam nossas professoras da Educação Infantil com um riquíssimo módulo pedagógico sobre contação de histórias infantis. Confiram:

Feliz Dia dos Professores

0




Currículo Escolar

0











Ciclos de Formação

1


PDE Interativo

0

As 17 unidades escolares da Rede Municipal de Ensino de Caeté já iniciaram a elaboração do PDE Interativo no SIMEC - Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle.

O PDE Interativo é um Planejamento Estratégico e coletivo, que permite a realização de um diagnóstico preciso da realidade escolar em seus aspectos pedagógicos e adminstrativo-financeiros. A partir deste diagnóstico deve ser proposto um plano que contemple estratégias que visem o "ataque" a todos os problemas apontados.

A partir de 2012, a elaboração deste plano tornou-se imprenscindível às escolas, por ser esta a estratégia proposta pelo MEC para levantamento de demanda para oferecimento de cursos de formação continuada para nossos professores.

Veja a seguir algumas considerações sobre o PDE Interativo:
Bibliografia:

http://pdeescola.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=category&id=37&Itemid=56

Apresentação de slides do Encontro de Formação das Diretoras Escolares da Rede Municipal de Ensino de Caeté

Maiores esclarecimentos com Aline e Michelly no DAP.

15 de outubro: Dia do(a) Professor(a)

0

Como surgiu o Dia do Professor?

"Tudo começou com um decreto imperial, de 15 de outubro de 1827, que trata da primeira Lei Geral relativa ao Ensino Elementar. Este decreto, outorgado por Dom Pedro I, veio a se tornar um marco na educação imperial, de tal modo que passou a ser a principal referência para os docentes do primário e ginásio nas províncias. A Lei tratou dos mais diversos assuntos como descentralização do ensino, remuneração dos professores e mestras, ensino mútuo, currículo mínimo, admissão de professores e escolas das meninas.

A primeira contribuição da Lei de 15 de outubro de 1827 foi a de determinar, no seu artigo 1º, que as Escolas de Primeiras Letras (hoje, ensino fundamental) deveriam ensinar, para os meninos, a leitura, a escrita, as quatro operações de cálculo e as noções mais gerais de geometria prática. Às meninas, sem qualquer embasamento pedagógico, estavam excluídas as noções de geometria. Aprenderiam, sim, as prendas (costurar, bordar, cozinhar etc) para a economia doméstica.

Se compararmos a lei geral do período imperial com a nossa atual lei geral da educação republicana, a Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), persegue ainda ideais imperiais, ao estabelecer, entre os fins do ensino fundamental, a tarefa de desenvolver a “capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo”. Portanto, mais de um sesquicentenário da lei, perseguimos os meus objetivos da educação imperial.

A Lei de 15 de novembro também inovou no processo de descentralização do ensino ao mandar criar escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do Império. Hoje, além da descentralização do ensino, para maior cobertura de matrícula do ensino fundamental, obrigatório e gratuito, o poder público assegura, por imperativo constitucional, sua oferta gratuita, inclusive, para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria (Inciso I, artigo 208, Constituição Federal)." (Vicente Martins)

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.

Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.

Desde então, pouca coisa mudou...

Hoje, o professor sofre com a má remuneração, com a falta de valorização e prestígio, entre tantos outros fatores sociais e culturais que emperram a sua realização profissional.

Moacir Gadotti, em seu livro "Boniteza de um sonho: Ensinar-e-aprender com sentido" (disponí­vel online no site do Instituto Paulo Freire) diz que:

"O que é ser professor hoje? Ser professor hoje é viver intensamente o seu tempo com consciência e sensibilidade. Não se pode imaginar um futuro para a humanidade sem educadores. Os educadores, numa visão emancipadora, não só transformam a informação em conhecimento e em consciência crí­tica, mas também formam pessoas. Diante dos falsos pregadores da palavra, dos marqueteiros, eles são os verdadeiros "amantes da sabedoria", os filósofos de que nos falava Sócrates. Eles fazem fluir o saber – não o dado, a informação, o puro conhecimento – porque constróem sentido para a vida das pessoas e para a humanidade e buscam, juntos, um mundo mais justo, mais produtivo e mais saudável para todos. Por isso eles são imprescindí­veis."

Este profissional merece todo nosso carinho, respeito e reconhecimento.

Feliz Dia do Professor!!

Fontes de pesquisa:

Martins, Vicente. "Como surgiu o dia do Professor?"(disponível em http://www.psicopedagogia.com.br

http://miriamsalles.info/wp/?p=136

http://www.portaldafamilia.org/datas/professor/diaprof.shtml


Sequências Didáticas e Estratégias de Leitura

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Sequências didáticas são sequências de atividades destinadas a promover ensino-aprendizagem, tendo como objetivo principal a compreensão e uma aprendizagem significativa. Elas podem ser aplicadas em todos os níveis de ensino e etapas do processo de ensino-aprendizagem (levantamento de conhecimentos prévios, apresentação, contextualização, análise, discussão em torno de problemas e soluções possíveis e, finalmente, sistematização).

As sequências didáticas apresentam-se como um modelo organizativo da prática pedagógica que tem como objetivo promover o processo de ensino-aprendizagem.

Delia Lerner apresenta três modelos organizativos para o planejamento do professor: atividades permanentes, sequências didáticas e projetos didáticos. Para Lerner, “planejar dessa forma ajuda a pensar o progresso dos alunos e favorece a retomada consciente de conteúdos durante a vida escolar.

Para Zabala (1998, p.18) sequências didáticas são “um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos alunos.

Sob a perspectiva pedagógica da sequência didática, o professor pode planejar atividades que contemplem o objetivo de ensino-aprendizagem proposto , de acordo com os seguintes conceitos:

introduzir: levar os alunos a se familiarizarem com conteúdos e conhecimentos;

retomar: quando se tratar de conceitos ou capacidades já dominados ou
consolidados em período anterior;

trabalhar: para favorecer o desenvolvimento pelos alunos;

consolidar: sedimentando os avanços em seus conhecimentos e capacidades.

O professor ao trabalhar com a leitura deve refletir sobre os procedimentos didáticos e aspectos instrucionais que devem ser adotados junto aos alunos para mediar o desenvolvimento das habilidades necessárias a compreensão leitora dos mesmos.

O planejamento alicerçado sobre sequências didáticas favorece ao professor, a realização de um trabalho que atenda aos vários perfis de alunos e suas diferentes necessidades educativas.

Scheneuly e Dozl (2004) utilizam o termo sequência didática para se referirem a um conjunto de atividades escolares organizado de maneira sistemática em torno de um gênero textual oral e/ou escrito. Dessa forma, percebe-se que o próprio conceito traz em si, o princípio da sistematização da atividade pedagógica.

Para Moura, Martins e Caxangá, no ensino da leitura, o professor deve atuar como um mediador. Nesse modelo, o trabalho com a leitura é considerado como uma prática social e pressupõe o desenvolvimento de capacidades no leitor que o possibilite a interagir com diferentes genêros textuais, pertencentes a múltiplos domínios discursivos e que o torne capaz de usar a leitura como instrumento para continuar aprendendo.

Nessa concepção, a interação entre o aluno e o professor, no momento da leitura é crucial, porque é essa ação que permite ao aluno entender não só as informações explícitas na superfície do texto, mas também o implícito.

É importante que o professor tenha a leitura tutorial como prática presente em seu dia-a-dia, neste tipo de leitura, o professor assume a condição de mediador fazendo as intervenções necessárias para que o aluno atinja a compreensão leitora.

Assumir a leitura como uma atividade em que alunos e professores passam a ser sujeitos ativos e colaborativos, implica novos procedimentos e comportamentos:

1. Compreensão da leitura enquanto prática social;

2. Concepção da linguagem enquanto processo de interação;

3. O gênero textual e sua finalidade:

Como procedimento de mediação da leitura dos diversos gêneros textuais, o professor necessitará fazer a exploração das dimensões presentes no texto: o cotexto, o contexto, o infratexto e o intertexto.

O cotexto compreende os elementos linguísticos e a estrutura que definem a materialidade do próprio texto. É essa dimensão que caracteriza as escolhas gramaticais e lexicais que remete o leitor a compreensão das intenções do autor. O contexto, segundo Koch, “é um conjunto de suposições, baseadas nos saberes dos interlocutores, mobilizadas para a interpretação de um texto”. Para que haja compreensão do texto, é necessário que autor e leitor compartilhem, pelos menos parcialmente, conhecimentos, tais como: enciclopédico, sociointeracional, textual, entre outros. Já o infratexto diz respeito ao processo de inferência, que, segundo Marcuschi (2008) corresponde a geração semântica de novas informações a partir daquelas que já possuímos em um dado contexto. A noção de inferência é fundamental na compreensão leitora, considerando que ela permite ao leitor ampliar o seu conhecimento sobre o objeto de leitura de que trata o texto. O intertexto corresponde ao pressuposto de que todo texto é resultado de confluência de outros textos.

4. Estratégias sociocognitivas (estratégias que o sujeito mobiliza, no ato da leitura, para processamento textual, que envolvem três sistemas de conheciementos: o linguístico, o enciclopédico e o interacional);

5. Organização didática;

6. Estratégias de leitura;

7. Estratégias metacognitivas (c0nhecimento que o sujeito tem sobre seu próprio conhecimento);

8. Estratégias de mediação.

Sequência Didática Aplicada à Leitura

O cotexto

· Antes de iniciar a leitura do texto, é importante que o professor oriente o aluno a fazer uma leitura silenciosa para avaliar o nível de dificuldade do texto. Em seguida discuta a técnica de leitura adequada ao objetivo do texto: sublinhar as informações importantes, anotar as palavras desconhecidas.

Ajudar o aluno a:

· Reconhecer o gênero do texto, a organização estrutural do texto, para que ele aprenda a perceber o objetivo da leitura;

· Identificar o objetivo da leitura e a persegui-lo durante a leitura;

· Acionar os conhecimentos prévios; enciclopédicos, conhecimento lingüístico, conhecimento interacional, por meio de perguntas direcionadas estabelecendo previsões sobre o texto; explorando o tema, a área abrangente;

· Localizar informações explícitas no texto e a inferir o sentido de uma palavra ou expressão;

· Expor o que já sabe sobre o tema

· Prestar atenção a determinados aspectos do texto que podem ativar seu conhecimento prévio;

· Levantar hipóteses sobre alguns aspectos do texto;

· Perceber as relações de hierarquia das informações nos parágrafos: ideias central e secundárias;

· Perceber a linearidade do texto; a progressão das informações e da distribuição nos parágrafos e a identificar dos elementos gramaticais que colaboram na construção da progressão do texto;

· Estabelecer relações lógico-discursivas marcadas por sequencializadores.

· Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato;

· Utilizar os recursos multimodais apresentados no texto (tabelas, gráficos, figuras etc) como elementos que ajudam na construção de sentido do texto.

· Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações;

· Identificar as marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e interlocutor de um texto.

· Desenvolver determinadas habilidades necessárias à compreensão leitora, dentre elas: a relação, a analogia, a síntese, classificação, a ordenação hierárquica, a descoberta da coerência global do texto, a comparação e a avaliação;

· Buscar as relações existentes nas informações presentes no texto: principalmente as de causa e consequência.

· Avaliar o seu nível de metacognição, identificando as informações novas aprendidas com a leitura do texto.

O contexto

Ajudar o aluno a:

· Perceber a função social do texto;

· Reconhecer autor, a intenção, o interlocutor, o suporte, a situação de produção (época, local, fatos relacionados)

· Estabelecer uma relação de sentidos entre o texto e a experiência (universo comunicacional do aluno) procurando torná-lo mais real possível

· Fazer a relação entre as informações do texto e o conhecimento já consolidado (o texto e a experiência)

· Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e que será recebido;

O infratexto

Ajudar o aluno a:

· Perceber o implícito no texto, acionando os conhecimentos culturais para que ele perceba a diferença entre real e ficcional;

· Relacionar o conteúdo do texto com sua realidade;

· Fazer as inferências a partir das pistas oferecidas pelo autor: as analogias que se pode fazer.

O intertexto

Ajudar o aluno a:

· Buscar outros textos que tratam sobre o mesmo tema;

· Perceber diferentes formas da intertextualidade: elementos no texto que remetem a outros textos;

· Analisar paráfrases e paródias em diferentes situações;

O registro da leitura

Ajudar o aluno a:

· Retomar as aprendizagens construídas a partir da leitura do texto de modo a ampliar sua visão de mundo

· Retomar de forma sintética as informações contidas no texto, para que o aluno reelabore o texto sem que se sinta incapaz de fazê-lo.

· Sistematizar em forma de resumo as informações principais do texto, para que ele desenvolva as habilidades de compreender, distinguir, hierarquizar, questionar, descobrir a estrutura textual e outras, além da capacidade de organização da escrita. Esse momento gera também a oportunidade de refletir sobre a leitura realizada. Pode ocorrer através das seguintes possibilidades: atividades orientadas para a compreensão do texto (perguntas); resumo do texto; mapa conceitual.


BIBLIOGRAFIA:

Brasília, Secretaria de Educação Básica/ MEC. Proletramento.

MOURA, Ana Aparecida Vieira de. MARTINS, Luzineth Rodrigues. CAXANGÁ, Maria do Rosário Rocha. "A sequência didática aplicada à leitura: os explícitos, os implícitos e a mediação do professor." Disponível em: http://leituras.literaturas.pro.br/index.jsp?conteudo=406


http://atelierdeducadores.blogspot.com/2010/12/sequencias-didaticas.html#ixzz1LbAm2Jwz

ZABALA, Antoni. A prática educativa. Tradução: Ernani F. da F. Rosa. Porto Alegre: ArtMed, 1998.